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Michelle Bolsonaro admite ter recebido estojo de joias de R$ 800 mil que entraram ilegalmente no Brasil

Michelle Bolsonaro e joias (Foto: Carolina Antunes/PR | Divulgação)

Ex-primeira-dama, porém, nega ter recebido "em mãos" os objetos valiosos, como relatado por uma servidora do Palácio do Planalto em depoimento à Polícia Federal

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro confirmou, nesta terça-feira (26), que um estojo com joias sauditas avaliado em R$ 800 mil foi entregue no Palácio da Alvorada, onde ela morava. Michelle, porém, negou que os objetos de valor tenham sido recebidos “em mãos”, como relatado por uma servidora do Palácio do Planalto em depoimento à Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito que apura o caso das joias sauditas que entraram ilegalmente no Brasil durante o governo Bolsonaro (PL).

“Essas joias que chegaram no Alvorada foram as joias masculinas (do segundo pacote). Estão associando ao primeiro caso, quando eu falei que não sabia (do primeiro pacote, com joias femininas) e não sei mesmo. Tanto que as primeiras estão apreendidas na Receita e essas do Alvorada estão na Caixa Econômica Federal [devolvidas no mês passado pela defesa de Jair Bolsonaro após uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU)]", disse Michelle ao sair de uma reunião no gabinete da liderança do PL na Câmara, de acordo com o jornal O Globo.

Ainda segundo Michelle, "tudo foi feito pelo trâmite administrativo" e as joias não são dela, já que são itens masculinos. ”O que eu tenho a ver com isso? Foi tudo feito pelo trâmite administrativo. Trata-se de um lote da cor 'ouro rosé', um lote masculino. Um terço, um relógio, abotoaduras, uma caneta”, emendou a ex-primeira-dama. Ao ser questionada se havia recebido o estojo “em mãos”, ela negou que isso tenha acontecido. “Eu não [recebi]. Estava no Alvorada. Ela é passada pela administração”, afirmou.

Também nesta terça-feira, o ex-secretário de Comunicação do governo Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, afirmou que os objetos valiosos teriam ficado expostos na cozinha do Palácio da Alvorada por pelo menos dois dias.

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