Eletrobrás (Foto: REUTERS) |
Assim como O Globo, jornal também questiona a iniciativa do governo Lula de reverter a doação de patrimônio público
Assim como o jornal O Globo, que defendeu a doação de um gigantesco patrimônio público do povo brasileiro, a Eletrobrás, ao setor privado, a Folha de S. Paulo caminhou na mesma direção. "Depois de investidas contra a autonomia do Banco Central, a Lei das Estatais e o marco do saneamento básico, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca mais um retrocesso econômico e institucional com a pretensão de retomar o controle da Eletrobras, a duras penas privatizada no ano passado", escreve o editorialista da Folha, quando, na verdade, a Eletrobrás foi doada ao capital financeiro privado, com a diluição do capital da União e a redução do poder de voto do governo nas assembleias da empresa – medidas que o presidente Lula tenta reverter.
"A ação de inconstitucionalidade ajuizada pela Advocacia-Geral da União (AGU) no Supremo Tribunal Federal questiona a legalidade do dispositivo da lei que abriu caminho para a operação, aprovada pelo Congresso em 2021, e limita a 10% o direito a voto de qualquer acionista, qualquer que seja sua participação no capital da empresa. O objetivo da restrição foi profissionalizar a gestão e o conselho da ex-estatal, evitando a formação de um bloco de controle com participantes públicos ou privados", prossegue o editorialista, que, na prática, confirma que a União teve direitos econômicos sobre a empresa reduzidos artificialmente.
O jornal ainda ataca o governo ao dizer que a "a intenção de Lula é reassumir as rédeas da companhia e ampliar seu poder de distribuir benesses, seja a políticos, a empresários ou a sindicatos aliados", quando, na verdade, o objetivo é colocar a Eletrobrás a serviço de um projeto nacional de reindustrialização e desenvolvimento – e não de gerar dividendos de curto prazo a acionistas privados.
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